Nouvelle Vague: Conheça a história do movimento e os curtas e médias-metragens dos 'Jovens Turcos' da 'Cahiers du Cinéma' que criaram a Teoria dos Autores!

Nouvelle Vague: Conheça a história do movimento e os curtas e médias-metragens dos 'Jovens Turcos' da 'Cahiers du Cinéma' que criaram a Teoria dos Autores! - Marcos Doniseti!

Imagens de 10 filmes clássicos da Nouvelle Vague e de cineastas próximos do movimento: 'Nas Garras do Vício' (Chabrol); 'Acossado' (JL Godard); 'Os Incompreendidos' (F.Truffaut); 'Hiroshima, meu Amor' (A.Resnais); 'Lola' (J.Demy); 'Jules et Jim' (F.Truffaut); 'Adeus, Philippine' (J.Rozier); 'Cléo das 5 às 7' (A.Varda); 'O Desprezo' (JL Godard) e 'Minha Noite com Ela' (E.Rohmer).

Os antecedentes da Nouvelle Vague!

Nouvelle Vague foi, com certeza, o mais revolucionário movimento cinematográfico da história. 

Embora muitos considerem que a origem do movimento, no Cinema, sejam os dois primeiros longas-metragens de Claude Chabrol ('Nas Garras do Vício' e 'Os Primos', de 1958 e 1959, respectivamente) e o primeiro de François Truffaut ('Os Incompreendidos', de 1959), antes destes longas nós tivemos a realização de alguns curtas e de alguns médias-metragens pelos criadores do movimento.

Estes foram cinco críticos e teóricos de cinema da 'Cahiers du Cinéma' e que ficaram conhecidos como os 'Jovens Turcos': Éric Rohmer, François Truffaut, Claude Chabrol, Jacques Rivette e Jean-Luc Godard. 

Estas produções de Godard, Truffaut, Rivette e Rohmer (Chabrol nunca fez curtas, estreando direto com um longa-metragem) foram realizadas antes deles começarem a produzir os longas-metragens pelos quais ficariam famosos e que foram responsáveis por deixar os seus nomes imortalizados na história do Cinema. 

Apesar de serem produções da década de 1950 (com a exceção de um, que é de 1949), quase todos os curtas podem ser encontrados, na Internet. Muitos curtas e médias-metragens estão disponíveis no Youtube, em versões com e sem legendas em português. Outros curtas e médias contam com legendas em espanhol, francês e inglês, principalmente. 

Também é bom ressaltar que os responsáveis pela produção destes curtas e médias-metragens (Godard, Truffaut, Rivette e Rohmer) também eram assíduos frequentadores da Cinemateca de Paris e dos cineclubes da capital francesa. 

André Bazin, quando conheceu os membros do grupo, apelidou ao mesmo de 'Gangue Schérer', pois o líder e mentor de todos era o Éric Rohmer, cujo nome verdadeiro era Jean-Marie Maurice Schérer. 

Maurice Schérer passou a usar o nome de Éric Rohmer porque a sua família não aceitava que ele se envolvesse com o Cinema, que era vista na França daquela época como uma arte de pequena importância e com pouco prestígio. As Belas Artes (Arquitetura, Escultura, Literatura, Música, Pintura e Teatro) possuíam um prestígio muito maior do que o Cinema. 

Aliás, Godard sempre disse, corretamente, que a formação cinematográfica deles foi feita na Cinemateca e nos Cineclubes e não em uma universidade. Portanto, foi assistindo aos filmes que eles passaram a conhecer toda a história do cinema, sendo que faziam debates intermináveis sobre os filmes, varando as madrugadas conversando sobre os mesmos.
Esta foi a primeira edição da 'La Gazette du Cinéma', publicação criada pelos membros da 'Gangue Schérer' para escrever sobre Cinema. Dos 5 membros que criaram a Nouvelle Vague (Godard, Truffaut, Chabrol, Rivette e Rohmer) somente Truffaut não chegou a escrever no jornal, que teve 5 edições e que foram publicadas entre Maio e Novembro de 1950.

Eles também criaram seus próprios cineclubes, tal como o fizeram Rohmer e Truffaut e, no caso do primeiro, também foi criada uma publicação na qual eles passaram a escrever as suas primeiras críticas e resenhas sobre os filmes que assistiam. 

A publicação se chamava 'La Gazette du Cinéma'. Foram publicadas 5 edições da 'Gazette', sendo que a primeira foi em Maio de 1950 e a última em Novembro do mesmo ano. 

Posteriormente, Truffaut e os demais se tornaram colaboradores da 'Cahiers du Cinéma' e foi nas páginas dessa publicação (cujo primeiro número é de Abril de 1951) que eles irão criar e desenvolver uma nova teoria cinematográfica, que é a Teoria dos Autores. E posteriormente eles realizaram os seus filmes com base nessa teoria, promovendo uma verdadeira revolução no cinema mundial. 

A influência da Teoria dos Autores e dos filmes dos seus criadores se espalhou pelo mundo inteiro, contribuindo decisivamente para que inúmeras Cinemas Novos fossem criados mundo afora, no Brasil, Alemanha, Japão, Canadá, Grã-Bretanha, Polônia, Tchecoslováquia, entre outros. 

E o movimento criado pelos Jovens Turcos da Cahiers du Cinéma passou a ser chamado de Nouvelle Vague, expressão que tem origem no meio jornalístico e não no mundo do Cinema. 

A expressão 'Nouvelle Vague' foi criada pela revista semanal "L'Express", em 1957, quando publicou uma matéria de capa sobre uma nova geração que iria emergir na sociedade francesa e que promoveria mudanças na mesma, pois possuía valores diferentes daqueles dos seus pais. 

Assim, quando surgiu essa nova geração de cineastas, que realizavam filmes muito diferentes daqueles que se produziam na França na época, a mídia francesa passou a usar a expressão Nouvelle Vague para se referir à mesma, embora eles próprios nunca tenham usado tal expressão para se referir ao movimento.
O crítico e teórico André Bazin foi uma figura fundamental, um mentor dos Jovens Turcos, sendo um dos fundadores da 'Cahiers du Cinéma', revista que abrigou uma revolucionária geração de críticos, teóricos e cineastas que mudou para sempre o cinema mundial. Bazin não concordava com todas as ideias do grupo, mas reconheceu o talento e brilhantismo dos seus integrantes. 

O problema é que, desta maneira, muitos cineastas que não tinham qualquer ligação com o movimento, cuja ideia central era a defesa de um Cinema Autoral, passaram a ser considerados como sendo membros da Nouvelle Vague. 

E alguns cineastas, embora até tivessem uma certa proximidade com os membros do movimento, mas que não integraram o mesmo, também passaram a ser considerados como sendo parte dele, como foram os casos de Louis Malle, Agnès Varda, Jacques Demy e Alain Resnais. 

Estes eram cineastas talentosos, criativos e inovadores, mas nunca foram membros de qualquer movimento cinematográfico. Malle resumiu o assunto, em uma entrevista, quando disse que, embora tivesse amigos na Nouvelle Vague e eles se respeitassem, ele próprio nunca chegou a fazer parte da Nouvelle Vague enquanto movimento cinematográfico. O mesmo vale para Varda, Demy e Resnais. 

Na verdade, a expressão virou uma espécie de marca publicitária e todos os novos cineastas franceses passara a ser vendidos, para o mundo inteiro, como sendo membros da Nouvelle Vague, o que foi feito por razões puramente comerciais. Mas a quase totalidade dos mesmos fracassou. Aqueles que sobreviveram e construíram uma carreira longa e relevante foram os mais talentosos, de fato. 

Aliás, um processo semelhante também já havia acontecido na Itália, quando surgiu o Neorrealismo (Rossellini, Visconti, De Sica, De Santis...), que inicialmente fez muito sucesso dentro e fora da Itália e, com isso, muitos cineastas italianos passaram a ser colocados e vendidos para o mundo como se fossem membros do movimento, o que também não tinha nenhum fundamento. 

Assim, vale a pena pesquisar e assistir estes curtas e médias-metragens, que fazem parte do processo de desenvolvimento de um movimento cinematográfico que revolucionou o cinema mundial. 

Estes filmes também mostram algumas das principais características que estariam presentes nas obras que estes talentosos e inovadores cineastas construíram posteriormente.
Capa da edição de Outubro de 1957 da "L'Express", que criou a expressão Nouvelle Vague, que aparece aqui pela primeira vez e que, depois, passou a ser usada para denominar uma nova geração de cineastas que revolucionou o cinema mundial. 

Assim, em 'Les Mistons' ('Os Pivetes'; 1957) já temos a presença de todos os principais elementos que marcariam a fantástica obra de François Truffaut: 

- O fascínio pelas mulheres;
- O sentimento de inferioridade dos homens em relação às mulheres;
- O fetiche;
- A fatalidade do relacionamento amoroso, que sempre termina mal.

E também é bom citar, na arte da escrita, que alguns textos foram muito importantes para a ascensão da Nouvelle Vague, incluindo o artigo de Alexandre Astruc prevendo o futuro nascimento de um cinema autoral e, logo, da Nouvelle Vague. O texto foi publicado em Março de 1948 (ver link abaixo) na revista "L'Ecran français" e se intitulou 'O Nascimento de uma nova vanguarda: A Câmera-Stylo'. 

Além disso, o texto 'Por uma nova tendência do cinema francês', de Truffaut, publicado na 'Cahiers du Cinéma' em Janeiro de 1954, também é de grande importância, pois criticava o cinema chamado de 'Tradição de Qualidade' francês e que se caracterizava pelo conservadorismo, pela mesmice e por desprezar o uso dos recursos específicos do cinema. 

Na época em que os 'Jovens Turcos' eram críticos e teóricos da 'Cahiers', Truffaut era quem comandava as críticas ao conservador e padronizado cinema francês, assumindo a linha de frente nesta batalha, embora ele o fizesse com total respaldo dos demais membros do grupo (Chabrol, Rivette, Rohmer e Godard). 

Abaixo eu comento, em pequenas sinopses, cada um dos curtas e médias-metragens que foram realizados pelos Jovens Turcos da Cahiers que criaram a Nouvelle Vague e mais abaixo publico os links de cada um no Youtube. 
Maria Lysandre em uma cena de 'Une Femme Coquette' (1955), primeiro curta de ficção dirigido por Godard. Para fazer o seu primeiro curta de ficção ele usou o dinheiro que ganhou quando vendeu o documentário 'Opération Béton', sobre uma barragem, para a empresa que havia construído a mesma. 

Nas origens da Nouvelle Vague: Curtas e Médias-Metragens!

Jean-Luc Godard!


Opération Béton (1954; 20 minutos; 35 mm)!

Este é um documentário sobre a construção de uma barragem, em Grand-Dixence (Suíça), que foi realizado em 1954. Godard vendeu o mesmo para a empresa responsável pela obra, e o dinheiro obtido com a venda lhe permitiu sobreviver por mais dois anos e também possibilitou que ele filmasse o curta seguinte (Une Femme Coquette).

Une Femme Coquette (1955; 10 minutos; 16 mm)!

Este foi o primeiro curta ficcional de Godard, ainda realizado no formato de 16 mm, no qual ele fez tudo: escreveu o roteiro, dirigiu e foi o responsável pela fotografia. 

Ele foi realizado em Genebra, sendo baseado em um conto de Guy de Maupassant ('The Signal', que também inspirou seu longa 'Masculine Féminine', de 1966), e mostra uma mulher (interpretada por Maria Lysandre) que se disfarça de prostituta para seduzir os homens. O filme foi considerado perdido por muitos anos, mas acabou sendo encontrado, felizmente. 

Charlotte et Véronique, ou Tons les garçons S'appellent Patrick (1957; 19 minutos; 35 mm)!

Este foi o primeiro curta-metragem de ficção em 35 mm que foi realizado por Godard. 

Charlotte é interpretada por Anne Colette, por quem Godard estava apaixonado na época e a quem ele gostaria de ter dado o papel de Patricia em 'Acossado' (1959). Nicole Berger interpreta Véronique.

No curta, um jovem conquistador (Patrick), interpretado por Jean-Claude Brialy (ator muito presente nos filmes da Nouvelle Vague), marca encontros com duas jovens (Charlotte e Véronique) e, depois, também se encontra com uma terceira. O curta é repleto de referências cinematográficas, antecipando uma característica que estaria sempre presente na obra de Godard.
Jacques Doniol-Valcroze criou, junto com André Bazin e Joseph-Marie Lo-Duca, a Cahiers du Cinéma que permanece como a mais significativa publicação sobre Cinema do mundo. 

Une Histoire d'Eau (Godard e Truffaut; 1958; 12 minutos; 35 mm)! 

Jean-Claude Brialy e Caroline Dim participam deste curta-metragem que é resultado de uma colaboração entre Truffaut e Godard. As filmagens foram feitas por Truffaut e mostravam uma gigantesca inundação que ocorreu na região de Paris, mas ele não as finalizou. Depois, Godard pediu para terminar o curta e Truffaut concordou. 

Assim, Godard montou, sonorizou e comentou as imagens feitas por Truffaut. Godard também fez a dublagem de Jean-Claude Brialy. No roteiro temos inúmeras referências literárias, cinematográficas e pictóricas, característica que estaria presente em toda a fantástica carreira de Godard. 

Charlotte et son Jules  (1958; 13 minutos; 35 mm)! 

Godard escreveu o roteiro, os diálogos, dirigiu e comentou este curta, que antecipa a sequência central de 'Acossado', pois a história se passa inteiramente dentro de um quarto de hotel.  

Nele, vemos o jovem Jules (interpretado por Jean-Paul Belmondo) fazer um longo monólogo em um quarto de hotel, criticando sua namorada (Charlotte) que havia decidido deixá-lo para namorar outro jovem que lhe prometera uma carreira no cinema. Enquanto isso, Charlotte (interpretada por Anne Colette) fica ouvindo o longo discurso de Jules.

Godard gostou tanto da atuação de Belmondo (que foi dublado pelo próprio Godard) que o avisou de que quando ele dirigisse o seu primeiro longa-metragem, Belmondo estaria no mesmo. Belmondo não acreditou muito, na época, mas em 1959 foi chamado por Godard para trabalhar em 'Acossado', que o transformou imediatamente numa estrela do cinema francês. 

'Les Mistons' (Os Pivetes): Cena com Gérard Blain e Bernadette Lafont (que eram casados). O curta-metragem dirigido por Truffaut, em 1957, já antecipava todos os principais temas da sua vasta e fundamental obra cinematográfica.

François Truffaut!


Une Visite (Uma Visita; 1954; 16 mm)! 

Este é o primeiro curta-metragem de Truffaut, sendo um filme mudo com apenas oito minutos de duração, que o realizou no final de 1954. 

As filmagens duraram apenas cinco dias. Jacques Rivette foi o responsável pelo enquadramento e pela fotografia, enquanto um amigo de Truffaut, Robert Lachenay, assumiu as funções de produtor e assistente.

A história é bem simples: Um jovem procura um quarto para alugar em um apartamento, telefona para a proprietária, que é uma jovem que mora sozinha. 

O cunhado da jovem locatária vai até o local, levando a sua neta, para ficar ali durante o final de semana. Ele tenta flertar com a jovem, mas não consegue nada. Daí, o inquilino também flerta com a dona do apartamento, mas também é rechaçado, levando-o a ir embora do local. 

O resultado final desagradou Truffaut, que o considerou muito amadorístico, levando-o a retomar a atividade como crítico e a estudar melhor os segredos dos grandes mestres do Cinema; 

Les Mistons (Os Pivetes; 1957; 18 minutos)!

Curta que foi baseado em uma novela de autoria de Maurice Pons. A história gira em torno de um grupo de adolescentes que fica infernizando um casal de namorados (Gérard e Bernadette), que são interpretados por Gérard Blain e Bernadette Lafont, que eram casados naquela época. As filmagens duraram cinco semanas e a primeira exibição do curta ocorreu em 17/11/1957. 

Une Histoire d'Eau (F. Truffaut e JL Godard; 1958): Ver comentário acima, no item sobre Godard. 

Cena de 'Le Coup du Berger', curta-metragem de Jacques Rivette, de 1956.

Jacques Rivette!


Aux Quatre Coins (1949; 20 minutos)! 

Segundo um comentário que li na Internet, este é um filme silencioso que estimula o espectador a imaginar a sua própria história. 

Le Quadrille (A Quadrilha; 1950; 40 minutos)!

Quatro pessoas sentadas (duas mulheres e dois homens) ao redor de uma mesa e que ficam se olhando. Depois de dez minutos elas começam a ir embora e ficam apenas um homem (Godard) e uma garota. 

Le Divertissement (A Diversão; 1952; 42 minutos)!

Vários personagens em busca de um romance. E neste média-metragem também temos a presença de Jean-Claude Brialy. Aliás, é impressionante a quantidade de filmes desta época da Nouvelle Vague dos quais ele participou. 

Le Coup du Berger (O Truque do Pastor; 1956; 28 minutos)!

Uma mulher casada ganha um presente do amante e tenta enganar o seu marido, mas este mostra que de bobo não tem nada. 

O filme conta com as participações de Truffaut, Chabrol, Godard e de Jacques Doniol-Valcroze, que eram todos críticos da 'Cahiers du Cinéma'. E o Jean-Claude Brialy está presente em mais um filme deste período. 

Cena de 'La Sonate à Kreutzer', que é um média-metragem, de 1956. Ele foi dirigido por Éric Rohmer.

Éric Rohmer!

Journal d'um Scélérat (1950)!

Uma adaptação livre de uma obra de Erich von Stroheim ('Folies de Femmes'). 

Bérénice (1954; 22 minutos; 16 mm)!

Filme baseado em obra de Edgar Alla Poe e que mostra um homem obcecado pelos dentes de sua noiva. O filme foi realizado na casa de André Bazin por Rivette, que também fez a edição do filme.

La Sonate à Kreutzer (1956; 50 minutos; 16mm)! 

Filme baseado em um livro de Tolstoi, que foi produzido por Godard, e que trata de uma mulher casada que se apaixona por outro homem, o que irá provocar um sério conflito entre os dois. 

As cenas foram filmadas nos escritórios da 'Cahiers du Cinéma' e nelas vemos André Bazin e quatro dos cinco integrantes dos Jovens Turcos da Cahiers: Rohmer, Truffaut, Chabrol e Godard (faltou apenas o Rivette). O filme conta com a participação de Jean-Claude Brialy.

Véronique et son Cancre (1958; 18 minutos)!

Mãe contrata uma jovem (interpretada por Nicole Berger) para ensinar Francês e Matemática ao seu filho, que era um aluno preguiçoso (significado da expressão 'cancre' em francês). Mas a tentativa não dá muito certo. 

Présentation ou Charlotte et son Steak (1960; 12 minutos)! 

Charlotte (Stephanie Audran) e Walter (Jean-Luc Godard) são namorados. Ele apresenta Clara (Anna Karina) para a namorada, a fim de provocar ciúmes na mesma. Eles se despedem de Clara e vão até a casa de Charlotte, que prepara um bife para ambos, enquanto tentam resolver a situação gerada por Clara. 

Obs: Dos cinco críticos e teóricos da Cahiers du Cinéma que criaram a Nouvelle Vague, Claude Chabrol foi o único que não dirigiu nenhum curta ou média-metragem. Ele estreou direto com um longa, que foi o 'Le Beau Berger' (Nas Garras do Vício), que foi filmado entre o final de 1957 e o início de 1958, mas cujo lançamento atrasou, ocorrendo apenas em Janeiro de 1959.
'Une Histoire d'Eau': Jean-Claude Brialy e Caroline Dim atuaram neste filme em que Godard e Truffaut colaboraram diretamente. Truffaut fez as filmagens e Godard finalizou o curta, que havia sido abandonado por Truffaut.

Curtas e Médias-Metragens no Youtube!

Aux Quatre Coins (Jacques Rivette; 1949):


Le Quadrille (Jacques Rivette; 1950; 39 minutos)!


Le Divertissement (Jacques Rivette; 1952; 41 minutos)!


Opération Béton - Jean-Luc Godard (1954; 17 minutos):


Une Femme Coquette  - JL Godard (Uma Mulher Faceira; 1955; 10 minutos; legenda em Francês):

https://www.youtube.com/watch?v=S_bkx3Tu4k8&t=63s

La Sonate à Kreutzer - Éric Rohmer (A Sonata de Kreutzer; 1956; 42 minutos; legenda em Português):

https://www.youtube.com/watch?v=xEmMabF_IKI

Le Coupe du Berger (Jacques Rivette; 1956; 28 minutos)!


Les Mistons - F.Truffaut (Os Pivetes; 1957; 18 minutos; legenda em Espanhol):

https://www.youtube.com/watch?v=CTxnUPnkcVk

Charlotte et Véronique - Tous les garçons s'appellent Patrick - JL Godard - (Charlotte e Véronique - Todo os rapazes se chamam Patrick; 1957; 19 minutos; 35mm; legenda em Francês):

https://www.youtube.com/watch?v=iNYGjBhkKTQ&t=109s
Biografia de François Truffaut foi uma das fontes de informação que usei para escrever esse texto. Livro excelente e que é fundamental para os admiradores da Nouvelle Vague.

Une histoire d'Eau - JL Godard e F. Truffaut (Uma História da Água; 1958; 12 minutos; legenda em Francês):

https://www.youtube.com/watch?v=-4lRTdgkpBI

Véronique et son Cancre - Éric Rohmer (Véronique eseu filho preguiçoso; 1958; 18 minutos; legenda em Português):

https://www.youtube.com/watch?v=4aWEKPByLzc

Charlotte et son Jules - JL Godard (Charlotte e seu Namorado; 1958; 13 minutos; 35 mm):

https://www.youtube.com/watch?v=8pp0Z5AsinU&t=229s  (legenda em italiano);

https://www.youtube.com/watch?v=ADRb_r09TFg  (legenda em Francês);

Charlotte et son Steak - Éric Rohmer (Charlotte e seu Bife; 1960; 9:30 minutos; legenda em Espanhol):

https://www.youtube.com/watch?v=4DB0Cwlpu44
'A Nouvelle Vague e Godard', de Michel Marie, é um livro essencial para se entender a origem do movimento. E o autor ainda disseca o clássico 'Acossado'.


Links com Textos sobre a Nouvelle Vague! 

A Nouvelle Vague na época em que fazia 50 anos:

https://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema,em-cena-a-nouvelle-vague-de-godard-e-truffaut,557154

'Une Femme Coquette' - Filme raro de Godard reaparece na íntegra:

https://www.revistaprosaversoearte.com/une-femme-coquette-um-filme-raro-de-jean-luc-godard-reaparece-na-integra/

'Cahiers du Cinéma': Jean Seberg (em foto de 'Acossado') na capa da revista, na edição de Janeiro de 1960 (de número 103).

Lista de 10 filmes essenciais da Nouvelle Vague:

http://listasde10.blogspot.com/2010/07/10-filmes-da-nouvelle-vague.html

Alexandre Astruc escreveu o texto que antecipou a criação da Nouvelle Vague:

http://popeseries.blogspot.com/2019/01/alexandre-astruc-escreveu-o-texto-que_26.html 

Les Mistons - O curta-metragem de Truffaut que antecipou toda a sua obra:


Texto de Truffaut - Uma Certa Tendência do Cinema Francês:

https://designvisualuff.files.wordpress.com/2011/08/franccca7ois-truffaut-uma-certa-tendecc82ncia-do-cinema-francecc82s1.pdf
'Cinefilia', livro do jornalista e historiador Antoine de Baecque conta a história da Cinefilia na França, entre 1944 e 1968. Baecque também escreveu as biografias de Godard, Truffaut e da 'Cahiers du Cinéma'.

Texto sobre 'Le Coup du Berger':

https://www.cineclubdecaen.com/realisat/rivette/coupduberger.htm

Texto sobre curtas-metragens de Jacques Rivette:


Matéria com relação de todas as matérias publicadas na 'Cahiers du Cinéma' entre 1951-1954:


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Godard, em entrevista, em 1962: 'Eu sabia que 'Viver a vida' deveria começar com uma garota vista de trás – não sabia porquê'!

Série que continua a história do filme" The Man Who Fell to Earth' chega ao streaming! Filme também irá gerar uma Graphic Novel!

'Person of Interest' - Comentando o episódio 'One Percent' (2X14)!