'Le Mépris' (O Desprezo): Quando Godard entrou em conflito com 'Mussolini Ponti' e 'King Kong Levine'! - Saiba como Godard fez uso de tapas e chutes nas canelas dos produtores e conseguiu realizar uma obra-prima!
'Le Mépris' (O Desprezo): Quando Godard entrou em conflito com 'Mussolini Ponti' e 'King Kong Levine'! - Saiba como Godard fez uso de tapas e chutes nas canelas dos produtores e conseguiu realizar uma obra-prima! - Marcos Doniseti!
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| A belíssima Brigitte Bardot na obra-prima 'Le Mépris' (1963), de Jean-Luc Godard. | 
A luta do século no Cinema: Godard X King Kong Levine e Mussollini Ponti!
Um dos grandes filmes da longa e produtiva carreira de Jean-Luc Godard, e que também é um dos mais populares, é 'Le Mépris' ('O Desprezo', 1963), que contou com Brigitte Bardot, Michel Piccoli, Jack Palance, Fritz Lang e Giorgia Moll na condição de protagonistas.
O filme de Godard é uma adaptação de um livro, de mesmo título, de autoria do escritor italiano Alberto Moravia que, por sua vez, adaptou a 'Odisseia', de Homero. Logo, Godard fez uma adaptação de uma obra que já era uma adaptação.
Aliás, a própria 'Odisseia' também é, de certa maneira, uma adaptação, pois a gênese dela está na cultura e na tradição oral dos vários que, ao se mesclarem, deram origem ao povo grego. E daí essas histórias, que eram transmitidas oralmente de uma geração a outra, foram transformadas em textos.
Apesar do resultado final de 'Le Mépris' ter sido excelente, fato este que foi amplamente reconhecido na época do lançamento do filme pela crítica especializada, Godard nunca mais repetiu a experiência de trabalhar com uma grande estrela de renome internacional, como era o caso de Brigitte Bardot, pois a sua contratação elevou fortemente os custos de produção.
Godard sabia que a presença da belíssima Bardot no filme era garantia de sucesso, pois ela acabaria atraindo um bom número de pessoas para as salas de cinema,o que de fato aconteceu, com 'Le Mépris' sendo assistido por cerca de 255 mil pessoas na França, ficando atrás apenas de 'Acossado' entre os filmes de sucesso de Godard.
Mas a presença de Bardot no filme tinha um preço e o mesmo era bem elevado. Afinal, o cachê de Bardot, que era mais do que justificado em função da sua imensa popularidade, representou metade dos custos de produção de 'Le Mépris', que foi de (na época, é claro) US$ 1 milhão de dólares.
Aliás, Godard faz uma referência a isso no seu filme posterior, que foi 'Bande à Part' (1964) que, em contraste total com 'Le Mépris', foi uma produção simples e de baixo orçamento. Isso ocorre na cena em que um aluno pergunta à professora de inglês como se escreve 'um filme de um milhão de dólares' em inglês.
Godard era um cineasta que trabalhava, e que sempre trabalhou, em um esquema de pequenas produções, realizando filmes de baixo orçamento e sem grandes estrelas internacionais (que encarecem os custos de produção), e 'Le Mépris' foi a grande exceção.
Em seus filmes, Godard não usava roteiro, escrevendo as cenas e diálogos dos filmes faltando poucas horas para as filmagens, não ensaiava nada, filmava nas ruas, sem o uso de iluminação artificial e, também, sem a utilização de som direto (era tudo dublado posteriormente).
Godard chegava até a brigar com a continuísta e com a maquiadora, pois não gostava que os atores e atrizes ficassem muito maquiados, trabalhando com uma equipe numericamente reduzida.
Desta maneira, Godard conseguia realizar filmes de baixo orçamento, em pouco tempo, gastando o mínimo possível (muitas vezes ele nem gastava todo o orçamento disponível) e, logo, conseguia manter controle total sobre a produção, em todas as etapas: escolha do tema, definição do conceito do filme, inexistência de um roteiro prévio, escolha de elenco, de locações, métodos de trabalho, montagem. 
Porém, em 'Le Mépris' foi tudo diferente, pois os elevados custos de produção obrigaram Godard a se enquadrar em um esquema de grande produção, com roteiro definido, filmagens em estúdios, equipe numerosa, e trabalhando com uma grande estrela.
Godard também tinha horas mínimas de trabalho diariamente, com horário certo para começar e terminar as filmagens e, também, era obrigado a filmar um número mínimo de planos, todos os dias, os quais ele tinha que enviar para os produtores que, desta maneira, tentavam assumir o controle da produção, em todos os aspectos.
Mesmo assim, Godard fez de tudo para ter o controle da produção, usando de alguns métodos pouco ortodoxos, incluindo alguns chutes e tapas. O próprio Godard disse que este foi o filme em que ele chegou mais próximo de trabalhar para um grande estúdio de Hollywood, o que ele nunca fez, aliás.
O produtor dos filmes de Godard era um francês, Georges de Beauregard, que produziu 'Acossado', mas que não tinha o capital necessário para viabilizar a contratação de Brigitte Bardot. Ele tinha feito uma associação com o produtor italiano Carlo Ponti, que era casado com Sophia Loren.
Porém, mesmo com a participação de Ponti na produção existiu a necessidade de se associar com um outro grande produtor, que no caso foi Joseph E. Levine, um dos principais produtores de Hollywood. Levine é quem entrou com a maior parte do dinheiro que viabilizou a contratação de Brigitte Bardot e, assim, viabilizou a produção do filme.
O problema disso é que os dois produtores, principalmente Levine, passaram a considerar que o filme era deles e que, logo, cabia aos dois dizer como o filme deveria ser editado. Assim, eles irão pressionar fortemente a Godard, durante toda a produção, para que o mesmo fizesse o filme do jeito deles, ou seja, com muitas cenas de nudez, principalmente da belíssima e sensual Brigitte Bardot, é claro, que era o grande chamariz para atrair público para o filme.
Porém, Godard resistiu durante todo o período de filmagens, ignorando as pressões e até chegando a agir de uma maneira que não o habitual.
Assim, Godard ignorou totalmente os telegramas e mensagens que eram enviados por Levine para ele e que o pressionavam fortemente para mostrar cenas de nudez e, também, 'a bunda de Brigitte Bardot' no filme. Joe Levine reclamou, anos depois do lançamento do filme, que Godard o ignorou na época em que filmava 'Le Mépris'. Isso também foi confirmado pelo diretor de fotografia do filme, o genial Raoul Coutard. 
Um outro exemplo dessa pressão é que quando Carlo Ponti apareceu no set de filmagens, que eram realizadas na Itália (em Roma, na Cinecittà e, finalmente, na Villa Capri, no litoral, próxima de Nápoles) para pressionar ao cineasta, este perdeu a paciência e contratou alguns caras 'durões', que passaram a dar chutes na canela de Ponti sempre que ele aparecia no set.
Depois de vários dias, caiu a ficha do produtor italiano de que ele não era, exatamente, bem-vindo no set e o mesmo não apareceu mais no local, talvez porque as suas canelas ficaram bastante doloridas...
No entanto, isso não significou o fim das pressões de Ponti sobre Godard, pois em um outro momento, Ponti enviou um funcionário de sua produtora para ir até Paris, a fim de pressionar Godard para que fizesse um filme mais comercial e menos artístico, com cenas de nudez (de Bardot, em especial).
Esse funcionário encontrou Godard andando perto da Champs-Elysées, onde ficavam os escritórios da 'Cahiers du Cinéma', e o cineasta perdeu a paciência e desferiu alguns tapas no sujeito, que foi derrubado e se machucou. Ele entrou com um processo contra Godard que, no ano seguinte, foi obrigado, pela Justiça, a pagar US$ 100 dólares de multa. Mas, Godard dará o troco posteriormente, pelo menos no aspecto das despesas.
É que ao terminar de filmar 'Le Mépris', Godard enviou uma cópia para Ponti e outra para Levine. E principalmente este último ficou profundamente irritado com o que viu, pois não tinha nenhuma cena de nudez e tampouco 'a bunda de Brigitte Bardot' no filme.
Levine não entendia como é que Godard não aproveitava para usar, no filme, a beleza, juventude e sensualidade inatas da maravilhosa Bardot. E assim ele exigiu que Godard mostrasse as cenas de nudez e, também, a bunda de Brigitte Bardot no filme. Ele também criticou o fato de que não ficava claro, no filme, porque Camille havia passado a desprezar o marido.
Porém, Godard disse que não faria isso, pois o filme era sobre um casamento que havia entrado em crise e que caminhava para o seu fim. Logo, não faria sentido em mostrar o marido, Paul (Michel Piccoli), e a mulher, Camille (Brigitte Bardot), em cenas românticas, trocando carícias ou fazendo amor.
Aliás, é bom ressaltar que o relacionamento que, de fato, estava em crise era o do próprio Godard com Anna Karina. E as brigas entre Paul e Camille que vemos no filmes eram aquelas que estavam acontecendo entre Godard e Anna Karina naquela época, o que é confirmado por Raoul Coutard, entre outros que compunham a equipe de Godard.
Inclusive, a bela e longa cena do apartamento, que mostra a briga entre Paul e Camille, deixa claro que o relacionamento deles havia chegado ao fim. De fato, o divórcio de Godard e Anna Karina aconteceria em Dezembro de 1964, pouco mais de um ano depois das filmagens de 'Le Mépris', que ocorreram no verão de 1963, na Itália.
Mas, o produtor Levine havia investido muito dinheiro na produção do filme e queria recuperar o investimento, exigindo a presença, no filme, de cenas de nudez, bem como imagens das belas nádegas de Brigitte Bardot, pouco se importando se isso fazia ou não sentido para a trama. E Levine ainda afirmou que se Godard não aceitasse essas exigência, então o filme não seria lançado.
Depois disso, Godard foi conversar com a atriz, explicando para a mesma qual era a situação. E daí eles concordaram em produzir cenas adicionais, nas quais teríamos cenas de nudez e, também, da bela bunda de Brigitte Bardot.
Levine e Ponti, no entanto, queriam assumir o controle sobre as filmagens e a montagem final, para que o filme ficasse exatamente do jeito que eles queriam, mesmo porque Godard havia se recusado, até aquele momento, em atender as exigência deles. 
No entanto, Godard deixou claro, para Levine e Ponti, que não abriria mão de manter o controle sobre as filmagens e da montagem e que se fosse para fazer isso, então eles poderiam tirar o nome dele do filme. Além disso, nos telegramas que enviou para os dois produtores, o cineasta alterou o nome dos mesmos.
Assim, Carlo Ponti, que era italiano, foi chamado de 'Mussolini Ponti', enquanto que Levine foi chamado de 'King Kong Levine', devido à maneira truculenta e autoritária que se comportavam. E no caso de Joe Levine, o uso da expressão 'King Kong', por Godard, era uma provocação dupla, pois também era uma referência ao fato de que Levine havia produzido dois filmes de Godzilla anteriormente.
É bom ressaltar, também, que Godard incluiu, em 'Le Mépris', todos esses conflitos que teve com Ponti e Levine, bem como também procurou proteger Brigitte Bardot das vontades dos produtores de vê-la nua no filme. E é sobre isso que irei comentar na sequência.
As cenas em que Godard protegeu Brigitte Bardot e provocou Ponti (Mussolini) e Levine (King Kong)!
Em 'Le Mépris' nós temos inúmeras cenas nas quais Godard, de forma deliberada, criticou, ridicularizou e provocou os dois grandes produtores do filme (Ponti e Levine), o que não é exatamente muito comum na indústria cinematográfica. Afinal, não é todo cineasta que faz isso com os produtores de seus filmes, não é mesmo?
Godard fez, em 'Le Mépris', um filme sobre a própria maneira como os filmes são feitos, o que já fica bem evidente logo na sequência de abertura, quando vemos Raoul Coutard apontar a sua câmera para a câmera que o estava filmando.
E neste caso Godard sequer precisou buscar informações sobre a produção de outros grandes filmes da história para servir de fonte de inspiração sobre a maneira como os filmes são feitos, pois a própria realização de 'Le Mépris' forneceu um abundante material sobre os conflitos e problemas que um cineasta autoral, como é Godard, enfrenta ao tentar garantir o controle sobre a sua obra.
Godard não se fez de rogado e decidiu mostrar os problemas que enfrentava na produção de 'Le Mépris' na trama do próprio filme.
Assim, uma das histórias que temos em 'Le Mépris' (no qual existem outras histórias, como a do casamento em crise entre Paul e Camille) mostra um cineasta (Fritz Lang, que interpreta ele mesmo) que é contratado por um grande produtor (Jeremy Prokosch, interpretado por Jack Palance) que diz que tem o direito de mandar no filme que Fritz Lang irá dirigir (uma adaptação da 'Odisseia', de Homero) porque foi ele que forneceu o dinheiro para realizar o mesmo.
Também vemos, em outra cena, Prokosch rir bastante quando vê uma atriz, que interpreta Penélope, nadando nua no mar, como se fosse um adolescente que estava vendo aquilo pela primeira vez na vida.
Em outro momento, vemos Prokosch dizer que quando ouve a palavra Cultura, ele 'saca o talão de cheques', ao que Lang retruca, dizendo que os nazistas usavam a expressão 'revólver' no lugar de 'talão de cheques'.
E também temos uma cena na qual Paul pergunta à Francesca se as mulheres do filme (Odisseia) irão aparecer nua e o mesmo informa que sim.
Daí, Paul diz: 'O cinema é maravilhoso. Vemos mulheres, usam vestidos. Fazem cinema e vemos a sua bunda'. Na sequência nós vemos Paul encarar Prokosch e ouvimos a assistente dele, Francesca Vanini (interpretada por Giorgia Moll), dizer que Joe Levine havia telefonado para ele.
Assim, Godard deixa claro, nesta cena, que a bunda de Brigitte Bardot e de outras atrizes estavam aparecendo no filme por exigência de 'King Kong Levine', embora isso não representasse nenhum tipo de contribuição para o desenvolvimento da trama, como ele disse em entrevistas após o lançamento do filme.
Nestas entrevistas, o cineasta também fez questão de elogiar Brigitte Bardot, afinal ela havia tomado posição ao seu lado no conflito com os produtores. 
E também é bom ressaltar que, em seus cinco primeiros longas-metragens (A Bout de Souffle, Le Petit Soldat, Une Femme est Une Femme, Vivre sa vie e Les Carabiniers) Godard nunca havia mostrado uma cena de nudez sequer. Ele fez isso em 'Le Mépris' em função das pressões dos produtores, Ponti e Levine. 
Logo, Godard usa dos conflitos entre Prokosch e Lang para mostrar os problemas que ele mesmo enfrentava ao realizar 'Le Mépris', expondo as pressões que Ponti e Levine lhe faziam, enquanto aproveita essas situações para ridicularizar e criticar os dois produtores, mostrando o caráter autoritário, arrogante e infantil de ambos.
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| Brigitte Bardot interpreta Camille, uma bela e jovem esposa que passa a acreditar que está sendo desprezada por seu marido, Paul (Michel Piccoli) e, em função disso, perde o interesse por ele. | 
Além disso, Godard combinou com Brigitte Bardot que iria contratar algumas jovens que a substituiriam em algumas cenas de nudez, pois a atriz não queria se expor tanto no filme. Uma das cenas em que ocorreu a substituição foi aquela em que, logo após discutir com Paul, nós vemos Camille mergulhar inteiramente nua no mar. Esta cena do mergulho não foi feita por Bardot, mas por uma das jovens contratadas por Godard.
Desta maneira, Godard acabou contando com o apoio de Brigitte Bardot nos conflitos com os dois produtores e, assim, conseguiu manter o controle sobre as filmagens e, também, sobre a montagem do filme, derrotando aos mesmos. Logo, as cenas que os produtores queriam, principalmente com Brigitte Bardot seminua, foram feitas, mas do jeito que Godard determinou.
E uma cena, que mostrasse uma relação sexual entre Paul e Camille, como Levine também desejava, não foi feita por Godard, que apenas sugeriu tal relação, o que aconteceu na belíssima sequência de abertura, na qual Camille pergunta ao marido se ele a considerava bonita e Paul diz que sim, afirmando ainda que a ama 'totalmente, ternamente e tragicamente'.
Godard também satirizou os produtores cinematográficos, por meio de uma fala de Fritz Lang, quando este disse que "Os produtores estão entre as coisas das quais posso facilmente prescindir".
 Uma outra cena na qual podemos ver uma provocação e sátira de Godard aos produtores se dá quando, mais para o final do filme, vemos Camille deitada, de bruços, nua nas costas, mas com um livro aberto colocado sobre as suas nádegas. 
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| A belíssima Brigitte Bardot, filmada de maneira espetacular por Godard, em uma cena do filme. Seu cachê, merecido, representou metade do orçamento total do filme, que foi de US$ 1 milhão. | 
E o livro em questão é da coleção 'Serie Noire', da editora Gallimard, ou seja, um livro Policial Noir, no qual temos a presença de gângsteres e bandidos. Então, é como se Godard estivesse comparando os produtores, Ponti e Levine, com os gângsteres dos livros policiais.
Além disso, o título do livro em questão é 'Frappez Sans Entrer' ('Bata Sem Entrar', de John Godey), o que pode ser interpretado de várias maneiras, inclusive como sendo um recado de Godard para os produtores, Ponti e Levine, como se o cineasta estivesse dizendo para os mesmos que por mais que o pressionassem, eles não conseguiriam assumir o controle das filmagens e da montagem de 'Le Mépris'. 
E Godard também decidiu aumentar as despesas dos produtores quando filmou as cenas adicionais com Bardot, exigindo que eles pagassem em dobro aos membros da equipe de filmagem e construíssem, em Capri, uma réplica do apartamento de Roma onde a cena da briga de Paul e Camille havia sido filmada.  
Portanto, Godard usou do próprio filme para tecer inúmeras críticas e, também, para satirizar e provocar os produtores, devido às pressões promovidas pelos mesmos ao cineasta. Assim, não foi à toa que, alguns anos depois, Joe Levine, em um debate com estudantes universitários nos EUA e que amavam o filme de Godard, afirmou que 'Le Mépris' era 'o pior filme da história'.
Porém, Godard colheu muitos elogios pelo filme, que se tornou um dos mais populares e admirados da sua carreira. E a qualidade do filme deveu-se ao fato dele ter mantido o controle sobre a obra. Apesar disso, Godard nunca mais repetiu a experiência de realizar um filme de orçamento tão elevado e no qual os produtores tivessem um grande poder. Experimentar deste veneno apenas uma vez já foi mais do que suficiente para o cineasta franco-suíço.
E de 'Bande à Part' em diante o cineasta voltou a fazer filmes de baixo orçamento e com atores e atrizes que não recebessem um cachê tão elevado. Conflitos entre Godard e produtores voltaram a acontecer, em outros filmes, mas não na escala e na intensidade que ocorreram em 'Le Mépris'. 
Obs: A principal fonte de informação para que eu pudesse escrever esse texto foi o livro 'Everything Is Cinema - The Working Life of Jean-Luc Godard', de autoria de Richard Brody, que contém um capítulo inteiro dedicado à 'Le Mépris'.
Links:
Trilha Sonora do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=Sf6wYbJNwRc&t=40s
Trailer do filme (feito por Godard): 
https://www.youtube.com/watch?v=2wjDWnKTROI
Documentário sobre 'Le Mépris':
https://www.youtube.com/watch?v=i24Zmoz4ew8
 









 
 
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