'Person of Interest' - Comentando o episódio 'No Good Deed' (1X22)!
'Person of Interest' - Comentando o episódio 'No Good Deed' (1X22)! - por Marcos Doniseti!
Nathan e Finch conversam, em 2009, um pouco antes de entregar a Máquina para o controle do governo. Os dois procuraram agir corretamente, mas pagaram um alto preço por isso. |
"Johnny está na América; Tenho medo dos americanos; Tenho medo do mundo".
Da música "I'm Afraid of Americans", de David Bowie.
Sinopse!
O número que a Máquina divulga neste episódio é o de Henry Peck, que trabalha em uma empresa de fachada da NSA e que é um analista muito competente para espionar e identificar terroristas, contribuindo para evitar novos atentados.
Porém, Peck começa a fazer perguntas sobre a maneira como as informações são obtidas pela NSA e passa a ser perseguido pelo próprio governo dos EUA, por meio da ISA (Intelligence Support Activity), uma organização militar secreta do Exército dos EUA.
Assim, Reese e Finch vão procurar protegê-lo. Temos também a volta de Alicia Corwin, que trabalhou na NSA e que abandonou o seu trabalho no governo, com quem Henry entra em contato. E também temos a estreia do Conselheiro Especial, que é um membro importante da ISA, que comanda a perseguição contra Peck.
Também
temos flashbacks de 2009 e 2010, na época em que Finch já tinha
concluído o trabalho de desenvolvimento da Máquina e vemos também uma reunião entre Nathan e Alicia, que está preocupada sobre como a Máquina funciona e de que maneira ela será usada. E Reese continua espionando Finch para tentar saber mais a respeito do amigo e da Máquina.
A trama!
Alicia conversa com Nathan, em 2009, na qual ela manifesta preocupação com a maneira que a Máquina será utilizada pelo governo, temendo que abusem do seu poder. |
O episódio começa mostrando Finch e Nathan, em 2009, na véspera de entregar a Máquina de Inteligência Artificial para o controle do governo dos EUA. E novamente vemos os dois divergindo a respeito de salvar ou não as pessoas que poderiam ser vítimas de crimes comuns. Além disso, vemos Nathan falar para Finch que ele é um homem de muitos segredos (Reese concorda com isso, é claro).
Finch entendia que a Máquina havia sido criada para evitar atentados terroristas, como os de 11/09, e não para impedir crimes comuns, chamando as vítimas desses de 'irrelevantes'. Nathan, no entanto, discordava dele e queria que a Máquina fosse usada para evitar todos os tipos de crimes, pois, como ele dizia, todo mundo é relevante para alguém.
Fusco entra em contato com Reese dizendo que Simmons, número 2 da HR, deseja que ele vá se encontrar com os outros chefes da organização criminosa, mas Reese fala que está investigando outro caso e Fusco adivinha que ele está seguindo Finch, para tentar descobrir onde ele mora e mais informações sobre o seu chefe bilionário, que é muito reservado, como Nathan disse para ele na conversa de 2009.
Enquanto observa Finch pelas ruas de Manhattan, Reese vê que ele atende um telefonema em um aparelho público e, logo depois, lhe diz que tem um novo número. Reese fica curioso e vai até o telefone público e olha para o edifício onde fica a sede da operação clandestina deles. Mas não percebe mais nada de diferente.
Na sequência, ouvimos uma conversa entre Theodore Gibbons, vice-diretor da NSA, e um agente chamado Henry Peck, que recebe um agradecimento do superior por ter denunciado alguém chamado 'Carlson', o que impediu que acontecesse um atentado terrorista, mas Peck estranha e pergunta 'Carlson?'.
Daí vemos que Henry Peck é o novo número que a Máquina repassou para Finch e que ele e Reese irão investigar. Peck seria uma analista financeiro e que mora sozinho, diz Finch, que percebe que Reese está distraído lendo 'Crime e Castigo', obra-prima da literatura de autoria do Dostoievski. Finch diz que é muito difícil obter qualquer informação na Internet a respeito de Peck e Reese responde dizendo que o analista é igual a Finch, reservado e solitário.
E daí Reese surpreende Finch lhe perguntando a respeito de como ele consegue os números e que eles não são obtidos na biblioteca (afinal, John ouviu falar do novo número quando Finch estava na rua) e diz que é melhor Finch lhe contar como isso acontece. Assim, caso algo aconteça com Finch, diz Reese, ele saberá como agir na ausência do seu chefe. Mas Finch fala que já tem uma 'contingência' pronta para esse tipo de situação e avisa John de que 'a curiosidade matou o gato'.
Reese vai observar Peck em seu local de trabalho e nem ele e tampouco Finch conseguem hackear seu celular ou computador e, por isso, John coloca um microfone sem fio no bolso do sobretudo dele. Daí, Reese e Finch ouvem ele telefonar para Alicia (Corwin, é claro) e, logo depois, a funcionária da empresa o procura avisando que ele, Peck, não limpou a memória do seu celular, o que Finch e Reese acham estranho, pois isso não é comum.
Reese entra na sede da empresa em que Peck trabalha, mas não consegue passar da recepção, percebendo que aquela é uma empresa de fachada e que Peck é, de fato, um tipo de espião. John diz que aquela é uma SCIF, ou seja, instalações secretas para proteger informações confidenciais e que Peck é um NOC, ou seja, um tipo de espião que procura monitorar e gerenciar computadores, satélites e sistemas de telecomunicações.
E para ter acesso às informações da empresa de fachada, Finch manda uma cafeteira nova de presente para o escritório, mas que tem uma câmera e um transmissor em seu interior. Daí, Reese e Finch ouvem comentários de Peck sobre um terrorista, com John concluindo que ele é um bom analista de inteligência e que o local é uma estação de escuta da NSA.
Finch e Reese também espionam Peck em sua residência e percebem que mesmo em sua casa ele continua trabalhando e que não tem nenhuma vida social. E a casa dele é revistada pela polícia, que encontra uma quantidade suspeita de um medicamento. E Finch descobre que outra pessoa está ouvindo as conversas de Peck.
Reese descobre um agente que foi o responsável por colocar as drogas na residência de Peck e chegou a perseguir o mesmo, que escapou, concluindo que Peck está sendo vítima de uma armação e que precisam saber qual é o motivo disso. Carter telefona para Reese, que pergunta se ela já comprou 20 exemplares de uma revista, mas é claro que ela não entende a pergunta. E a explicação para a pergunta virá no final do episódio.
Carter também está colaborando com o caso de Peck, informando que a única coisa na ficha dele é uma multa de trânsito que ele contestou escrevendo uma reclamação de 78 páginas, ao que Reese comentou 'Um pouco de teimosia nunca fez mal a ninguém'. Durante a conversa, Reese descobre qual é a marca do papel usada no copo de chá verde que Finch sempre bebe, o que faz parte da investigação dele sobre Finch.
Finch consegue acessar e baixar um vídeo que filmou o agente que invadiu o apartamento de Peck e Reese confirma que é o mesmo que ele viu. Peck é afastado da NSA por causa das 'drogas' encontradas em sua residência, ele diz que é vítima de uma conspiração, mas seu chefe diz que se ele alegar isso será pior, pois será visto como uma pessoa instável, um maluco. Peck telefona para Ted Gibbons, vice-diretor da NSA, e tenta explicar o seu problema, que está relacionado com perguntas que ele sobre um caso.
E quando Peck chega em sua casa ele é atacado pelo mesmo agente que plantou as drogas em sua residência, mas Reese aparece e luta com o sujeito, que é um assassino treinado e que acaba fugindo. Reese conclui que alguém do governo está querendo eliminar Peck e que por isso eles devem protegê-lo.
E Peck volta a telefonar para Ted Gibbons, mas ligando para o celular da filha dele, dizendo que nunca citou nenhum Carlson em seu relatório, que depois disso ele foi incriminado, preso, demitido, que tentaram matá-lo e que ele quer saber o motivo de tudo isso. Porém, Ted não quer conversa e avisa Peck para que nunca mais lhe telefone. Daí, vemos Finch falar para Reese que ele sabe o motivo pelo qual Peck está sendo perseguido, que é o fato de que, mesmo sem saber, ele está fazendo perguntas sobre a Máquina.
Finch atende o telefone público e, logo depois, avisa Reese que a Máquina divulgou um novo número. A maneira como ele obtém os números será mostrado em detalhes em 'The Contingency' (2X01). |
Daí voltamos a ver flashbacks do ano de 2009, quando temos uma conversa entre Nathan e Alicia Corwin, que fala que faz parte de uma conspiração para espionar milhões de pessoas nos EUA, ao que Nathan retruca que é por uma boa causa, informando ainda que a Máquina será transportada via ferrovia.
Alicia, por sua vez, fala para Nathan que a Máquina será levada para um local seguro, onde ninguém irá procurar por ela. Ela também diz que quando a Máquina divulgar um número, este será encaminhado para a pessoa correta, com o objetivo de impedir que chegue às pessoas erradas, que poderiam abusar do seu poder com essa informação.
Alicia também diz que ninguém terá como rastrear de onde essa informação veio, ao que Nathan diz que se alguém conseguir fazer isso, então ele e Alicia serão levados para um local onde ninguém os encontrará, ou seja, serão mortos. E Nathan fala que apenas 8 pessoas sabem da existência da Máquina, mas ela responde dizendo que são apenas 7 pessoas.
Assim, fica claro que, nesta época, Alicia ignorava o fato de que Harold Finch foi o responsável pelo desenvolvimento da Máquina. Na visão de todos, Nathan tinha sido o responsável pela sua criação. Ninguém sabia do envolvimento de Finch naquele projeto. Alicia também diz que deseja voltar ao seu verdadeiro trabalho, Nathan pergunta qual é, ma ela responde que é secreto.
Carter telefona para Reese e Finch e pergunta sobre a luta que ocorreu no apartamento de Peck, mas Harold diz que foi tudo resolvido, mas ela não acredita nisso. É mais do que evidente que os dois querem manter ela afastada do caso que envolve a Máquina, pois se ela ficar sabendo do que se trata, também será vítima de perseguição e ameaça, tal como acontece com Peck.
Finch fala para Reese que ele sabe do caráter ilegal da Máquina e que o problema são as ações humanas, pois ele descobriu que as pessoas a quem ele entregou o controle da Máquina são mais cruéis do que ele pensava. Finch e Reese ouvem a conversa telefônica entre Peck e Alicia Corwin, com ele tentando combinar um encontro com ela, mas ela não aceita.
Peck insiste em conversa com ela, falando que um relatório que ele escreveu passou pelo escritório dela, mas o mesmo foi alterado e que a única coisa que ele deseja é ter a sua vida de volta. Mesmo assim, Alicia demonstra claramente que está assustada e com medo. Logo, ela não quer se expor e as únicas coisas que ela diz para Peck são 'Sibilância. Fuja'.
E daí vemos Finch falar para Reese que é necessário deter Peck, pois quanto mais ele souber a respeito da Máquina tudo se tornará mais perigoso para ele e, também, mais difícil ficará para Finch e Reese ajudá-lo a sair dessa situação perigosa. E levá-lo para um esconderijo também é complicado, diz Finch, porque ele irá querer saber mais ainda sobre a Máquina. Peck também encontrou e se desfez do microfone que Reese tinha colocado nele.
Finch e Reese descobrem que Peck se desfez dos seus cartões de crédito, entregando-os para sem teto que vivem espalhados pela cidade, e também anulou suas pegadas digitais. Reese diz que a equipe que tentou matar Peck é formada por três agentes membros de um esquadrão de elite que usam um rifle que perfura kevlar e que devem fazer parte da ISA (Intelligence Support Activity), organização militar secreta do Exército dos EUA.
Reese também diz que agentes como Peck e os da ISA usam os mesmos métodos de luta, ação e de viver na clandestinidade que ele também usava, procurando lugares para dormir, se esconder e obter informações. E daí vemos a estreia do 'Conselheiro Especial', que comanda as operações da equipe de agentes que persegue Peck. Ele seria o líder da ISA, portanto.
O agente chamado Fox informa que perderam a condição de matar Peck como se fosse um acidente, dizendo que isso aconteceu porque ele recebeu ajuda de um ex-agente secreto (Reese, é claro), mas recebe a ordem de matar Peck de qualquer maneira. E Finch percebe que Peck está se preparando para invadir a sua antiga empresa de fechada da NSA, o que de fato acontece.
Daí, Reese vai até o local para proteger Peck, que foi atacado pela equipe de 3 agentes da ISA, troca tiros com eles e consegue salvá-lo, com Peck fugindo e sendo preso depois de atacar um carro da NYPD. Na sequência voltamos para 2009, quando Finch e Nathan ainda conversavam sobre a entrega e a transferência da Máquina para o governo dos EUA, sendo que Nathan comenta sobre as preocupações de Alicia Corwin com a possibilidade do governo abusar da Máquina.
Finch responde dizendo que foi justamente para impedir que isso aconteça que ele configurou a Máquina de maneira de uma maneira que ninguém possa acessá-la, embora ela possa melhorar, se manter e se reparar. Ele diz que depois da entrega ninguém será capaz de mudar isso, mas Nathan contesta, defendendo que seja criada uma porta dos fundos, para acessar a mesma. Porém, Finch contesta isso, dizendo que a menor brecha poderá virar uma inundação, desligando a Máquina logo a seguir, para insatisfação de Nathan.
Henry L. Peck foi levado para ser interrogado ao 8o. DP, onde fala bastante sobre o seu trabalho para a NSA. Ele diz que várias tentativas foram feitas, depois dos atentados de 11/09/2001, com o objetivo de criar um projeto que impedisse novos atentados, como é caso o do TIA, bem como quer desenvolver uma IA com esse objetivo. Daí, ele desenvolve um raciocínio que o leva a concluir que um sistema de Inteligência Artificial foi, de fato, criado.
Fusco sai da sala e não leva nada do que ele fala a sério e limita-se a perguntar se Peck quer um refrigerante, falando depois para Carter que o sujeito falava na velocidade da luz. Reese se disfarça de policial, passa ao lado de Fusco e Carter, sem que eles percebam isso, e, com um refrigerante na mão, entra na sala de interrogatório e liberta Peck.
Reese pega um táxi 'emprestado' e leva Peck embora, mas este havia roubado um celular e telefonado para o Conselheiro Especial, desconhecendo o fato de que este é uma das pessoas, como diz Finch, que sabe da existência da Máquina e faz de tudo para impedir que outras pessoas tomem conhecimento de existência da mesma, chegando a matar quem tenta saber a respeito.
Reese vai até a empresa onde Peck trabalha, mas não consegue entrar, pois ela é um fachada para operações secretas da NSA. |
Reese joga o celular dele fora, deixando Peck indignado, com este falando que o governo está espionando a população e que as pessoas tem o direito de saber disso, mas John explica que ele não pode confiar em ninguém do governo. E quando o Conselheiro Especial descobre qual é a localização de Peck, é claro que ele manda matá-lo.
Neste momento começa a tocar música "I'm Afraid of Americans", de David Bowie), sendo que um trecho da letra diz o seguinte: "Johnny está na América; Deus é Americano; Tenho medo dos americanos; Tenho medo do mundo", que mostra o clima de medo, xenofobia e paranoia que se instalou nos EUA após os atentados de 11/09/2001.
E no videoclip da música vemos que Bowie também entra em um táxi para se proteger de um ambiente social ameaçador e perigoso, que é marcado por conflitos, violência e pobreza, tal como Reese entra em um táxi junto com Peck para protegê-lo dos que tentam matá-lo. A tentativa do agente da ISA de matar Peck quase dá certo, com ele atirando com um fuzil de precisão do alto de um viaduto que faz o táxi explodir.
Porém, quando o agente (Fox) chega para matar Peck, ele é detido por John, que luta com ele e acaba por matá-lo. Mas quando John se volta para procurar Peck, este havia fugido do local. Finch diz para Reese que Peck não irá desistir de descobrir e revelar a verdade sobre a Máquina e que o governo também não irá desistir de matá-lo. Daí, ele faz uma referência a um antigo amigo (Nathan, é claro) que lhe mostrou que um problema aparentemente insolúvel pode ser resolvido.
Finch instala uma cafeteira com câmera e transmissor no seu interior para vigiar o que acontece na empresa de fachada da NSA. |
Daí, na sequência, quando voltamos para 2009, vemos de que maneira Nathan resolveu o problema da Máquina, criando um plano de Contingência para a sua utilização, fazendo isso sem o conhecimento de Finch, é claro. Enquanto isso, ouvimos o Conselheiro Especial mandar um novo agente eliminar Peck, pois este decidiu contar o que sabe para uma jornalista.
Mas quando chega ao local combinado, em vez da jornalista, Finch é quem vai ao encontro de Peck. E daí ele conta a verdade sobre a Máquina, antes mesmo que Peck lhe perguntasse, explicando que o fato dele saber a verdade também lhe custou muito caro.
Finch diz para Peck ir embora dos EUA. E para isso, Fich lhe entrega dinheiro, passagens, cartões, tudo que ele precisa para continuar a sua vida de maneira segura. E quando Peck pergunta como é que, ele, Finch, sabe de tudo isso, ele responde falando que sabe porque foi ele quem criou a Máquina. E daí vemos Terney informar Carter que as digitais de Peck foram encontradas no táxi que explodiu, mas que sobrou apenas uma folha escrita 'Sibilância'.
Fusco telefona para Reese perguntando se a reunião dele com os chefes da HR deveria ou não acontecer, mas John diz que dará uma resposta em breve, com Fusco percebendo que Reese ainda está tentando descobrir informações sobre Finch. Daí, ele descobre sobre onde Finch compra o chá verde e, também, o local de moradia de Grace, a noiva de Harold.
Peck trabalha como analista da NSA e é muito bom no que faz. |
Reese se apresenta como detetive, entrando na residência dela e conversando a respeito do seu trabalho, que é a de desenhista para revistas e publicações, bem como descobre que ela tinha sido noiva de Harold, que foi a única pessoa com quem ela conseguiu se entender, dizendo que o conheceu enquanto pintava no parque. Ela também pensa que Harold morreu, falando que isso ocorreu em um acidente.
Quando Reese sai da casa dela, percebe que Finch está sentado em um banco do outro lado da rua, olhando para ele. Finch diz para Reese que dali ele tem como olhar para Grace sem que seja visto por ela e que chegou a criar um aplicativo que permite que o avisa se ficar a menos de 100 metros de distância dela. Aliás, daí surge a dúvida: Será que ele também não usa esse aplicativo, ou outro com a mesma característica, para saber se está sendo seguido? Não é de se duvidar.
Finch também diz que não se arrependeu de ter criado a Máquina, mas que não sabia que o custo pessoal seria tão grande, dizendo que sempre foi bom com computadores, mas não com pessoas, que sempre foram um mistério para ele. com a única exceção de Grace.
Ele também disse que não sabia que as pessoas para as quais ele entregou a Máquina iriam tão longe para protegê-la e para controlar a mesma, mas que demorou para que percebesse isso.
Finch também diz que saber que a Máquina existe é como ter um vírus, que ele é o paciente zero e que basta estar próximo dele para se colocar em perigo. Reese diz que sente muito, ao que Finch responde que ele ainda viveu 4 anos de felicidade, enquanto outras pessoas tiveram apenas 4 dias, o que é uma referência aos 4 dias que Reese viveu com Jessica, no México, em setembro de 2011. E é claro que Reese entendeu perfeitamente que Finch falava dele.
Portanto, vemos que Finch dá razão para Alicia Corwin, que na conversa com Nathan, em 2009, temia justamente isso, ou seja, que pessoas poderosas abusassem do poder que a Máquina lhes concedeu. E no final, vemos a conversa de Finch com Peck novamente, mas sob a perspectiva de Alicia Corwin, que está sentada próxima aos dois e que está usando um microfone unidirecional para ouvir a conversa deles.
Desta maneira, Alicia Corwin fica sabendo que Finch foi quem criou a Máquina, descobrindo que ele é a oitava pessoa, à qual Nathan se referiu na conversa de 2009, que sabia da existência da Máquina de Inteligência Artificial. Enquanto isso, começa a tocar novamente a música "I'm Afraid of Americans", de David Bowie, que diz ""Johnny está na América; Deus é Americano; Tenho medo dos americanos; Tenho medo do mundo".
Alicia Corwin também tinha medo dos americanos. E motivos para isso não faltavam. Peck que o diga.
FIM.
Conclusão!
Reese persegue o agente da ISA que é o responsável por incriminar e tentar matar Peck e cuja aparência lembra Chuck Norris. |
O título do episódio é 'No Good Deed', algo como 'Nenhuma Boa Ação Fica Impune'. A frase original é atribuída a um escritor medieval galês do século XII chamado Walter Map, que foi um membro da corte do rei inglês Henrique II e que escreveu um livro chamado 'De Nugis Curialium', no qual consta essa frase.
E neste episódio temos boas ações de vários personagens que acabaram resultando em punições para eles, com os mesmos pagando um alto preço pessoal pelo que fizeram.
Isso é perfeitamente válido para Peck, Alicia Corwin, Finch e também, para Reese. Também é sugerido que o mesmo ocorreu com Nathan Ingram, dono da IFT, a empresa que desenvolveu a Máquina de IA, que sabemos que já morreu, embora o que aconteceu com ele será esclarecido apenas em 'God Mode' (2X22), último episódio da 2a. temporada.
O personagem que comete uma boa ação é o 'POI' do episódio, ou seja, Henry L. Peck. Este era um agente da NSA que escreveu seis relatórios que foram fundamentais para impedir que acontecessem atentados terroristas, mas ele passou a questionar qual era a fonte das informações que recebia, pois um nome (Carlson) que ele não escreveu foi incluído nestes relatórios.
Carter ajuda Reese na investigação sobre Peck, mas ela aparece pouco neste episódio. |
E no fim ele percebe que somente uma poderosa Inteligência Artificial poderia ter feito uma análise tão detalhada, rápida e precisa de maneira a que os atentados fossem evitados.
E foi justamente em função de suas perguntas que Peck passou a ser perseguido, com o governo (via ISA, uma agência secreta de natureza militar) tentando eliminá-lo, o que somente não aconteceu porque Reese e Finch o salvaram. No fim, ele teve que desaparecer, indo embora dos EUA, com uma nova identidade, o que ocorreu graças a Finch.
Outro personagem que pagou um alto preço foi Alicia Corwin, que trabalhava para a Agência de Segurança Nacional (NSA). Ela sempre demonstrou, como ficou claro em sua conversa com Nathan, em 2009, uma preocupação com a maneira como a Máquina seria utilizada, temendo que as pessoas que iriam administrar a mesma abusassem do poder que ela lhes conferia.
E daí ficamos sabendo, via Peck, que a procurou, que ela saiu do governo, demonstrando ainda muito medo, tanto que se recusa a encontrar Peck pessoalmente e recomenda que ele fuja. Portanto, algo aconteceu com ela para que começasse a ter tanto medo de se envolver com qualquer coisa relacionada com a Máquina.
Reese já está se sentindo bem à vontade na biblioteca de Finch. |
Afinal, porque a outrora poderosa funcionária da Segurança Nacional, que era Alicia Corwin, passou a agir desta maneira? Esse medo dela já tinha ficado claro no episódio 'Wolf and Cub' (1X14), quando ela se encontrou com Will Ingram, filho de Nathan.
No encontro, ela procurou esconder dele o seu envolvimento com o projeto da Máquina, conseguindo despistar o jovem. Afinal, ela foi ameaçada? Tentaram matá-la? Ou mataram outras pessoas envolvidas com o projeto? Será que a vítima foi Nathan?
Independente disso, fica claro que Alicia também pagou um preço elevado por também se preocupar com a maneira que a Máquina seria usada e de que maneira a população dos EUA passou a ser espionada sem que soubessem e sem autorização da Justiça. E não é de se duvidar que essa preocupação dela esteja na origem do medo que a acometia quando encontrou Will Ingram e, depois, falou com Peck.
Logo, tanto Peck, quanto Alicia, pagaram um alto preço pelo fato de se preocuparem com o poder que o governo dos EUA passou a desfrutar com a posse da Máquina. As suas boas ações não ficaram impunes.
E como diz Alicia, o governo também se preocupou em esconder de todos qual era a fonte das informações que levavam os agentes a impedir atentados terroristas. Era necessário que todos pensassem que a fonte das informações era humana. Daí a decisão do governo de incluir os nomes das pessoas, cujos números de Seguro Social davam origem às investigações dos Serviços Secretos que impediam os atentados, nos relatórios dos agentes.
Peck é afastado da NSA devido ao falso caso da posse de 'drogas' que foi usado contra ele. |
Foi por isso que o nome Carlson foi incluído nos relatórios de Peck, embora este nunca tenha escrito tal nome. Mas no caso de Peck o tiro saiu pela culatra, pois foi justamente a inclusão do nome de alguém que ele não escreveu em seus relatórios que o levou a fazer as perguntas que o tornaram uma ameaça ao programa da Máquina de IA, até porque ele tentou entrar em contato com uma jornalista para contar tudo o que sabia sobre isso.
De certa maneira, Peck foi uma espécie de pré-Snowden, ou seja, alguém que tentou revelar a verdade sobre um vasto sistema de espionagem global e ilegal. Mas, na série, vimos que Peck não chegou a fazer o que planejou, pois Finch e Reese interferiram antes que ele divulgasse as informações.
E depois vemos que Finch conta para Reese que ele também pagou um preço elevado pelo fato de ter criado a Máquina de IA, mas diz que subestimou o custo pessoal de ter feito isso, dizendo que só pelo fato das pessoas estarem próximas dele isso já as coloca em situação de perigo, o que explica porque ele se afastou de Grace, tornou-se ainda mais recluso e solitário e procurou convencer Peck a parar de perguntar sobre a Máquina, salvando a vida dele.
E com relação a Reese, fica claro que ele pagou o preço mais elevado de todos, o que ficou claro em 'Matsya Nyaya' (1x20) e 'Many Happy Returns' (1X21). Afinal, quando Finch diz que algumas pessoas tiveram apenas 4 dias de felicidade em suas vidas, ele estava se referindo ao período em que John esteve no México, com Jessica (ver 'Piloto'), mas daí vieram os atentados de 11/09 e tudo mudou.
Inúmeros acontecimentos e diálogos deste episódio antecipam importantes tramas da 2a. temporada, incluindo:
- A existência da ISA (Intelligence Support Activity).
- A localização da Máquina.
- Que uma das pessoas que trabalha para o Conselheiro Especial sabe da existência da Máquina.
- O relacionamento entre Finch e Grace.
- O acidente que Finch sofreu (citado por Grace).
- A função de contingência que permite que Finch receba os números do Seguro Social.
- O que aconteceu, de fato, com Nathan Ingram, que morreu em 2010?
Afinal, Nathan falou para Alicia, em 2009, que se descobrissem qual é, exatamente, a fonte das informações que eles usam para impedir os atentados, então eles seriam enviados para um local onde ninguém os encontraria, ou seja, eles seriam mortos.
Isso deixa claro que, desde 2009, Alicia já tinha medo do poder que a Máquina representava e que aqueles que a controlassem poderiam abusar desse poder. E o medo que ela claramente demonstra ao se recusar a se encontrar com Peck deixa bem evidente que algo já deve ter acontecido nesse sentido. Afinal, ela sabia como eram as pessoas da Segurança Nacional com quem ela trabalhava.
Peck olha para a câmera da sala do interrogatório depois que concluiu que a Inteligência Artificial que espiona a tudo e a todos foi, de fato, criada pelo governo. |
Em seu interrogatório, Peck falou de outros programas secretos do governo que procuravam evitar atentados terroristas, como é o caso do TIA (Total Information Awareness), que é administrado pelo DARPA, que faz pesquisas militares para o Departamento de Defesa (Pentágono). É bom ressaltar que esse programa realmente existe, tendo sido criado durante o governo de George W. Bush (2001-2009), em 2003.
O TIA procura reunir o máximo de informações possível sobre o máximo de pessoas possível em um banco de dados de escala gigantesca. Essas informações foram disponibilizadas para funcionários que as analisavam para antecipar possíveis atentados.
Jonathan Nolan falou, em uma entrevista para 'The Huffington Post', em 06/10/2011, que"A única parte de ficção científica [do programa] é que o governo construiu algo que funcionou", diz ele. "Quanto mais trabalho nisso, mais leio, mais assustadoramente reais são alguns dos aspectos que estamos retratando. Infelizmente, está mais próximo da realidade do que qualquer um espera".
Bem, a afirmação de Nolan revelou-se profética, pois em Junho de 2013 veio a público a denúncia de Edward Snowden a respeito de uma massivo programa de vigilância ilegal, realizado pela NSA, chamado 'PRISM', e que abarcava o mundo inteiro, sendo que até governantes de países aliados dos EUA (Dilma e Merkel) foram espionados pela NSA.
Frases e Diálogos!
Nathan falando para Finch:
O mundo viveu sem a sua Máquina durante 5 bilhões de anos, Harold. Podemos ficar sem por mais uma noite.
Nathan e Finch:
Finch: Essa coisa já salvou inúmeras vidas.
Nathan: Você quer dizer vidas relevantes.
Finch: Um limite teve que ser estabelecido.
Nathan: Todos nós somos relevantes para alguém. Você saberia se tivesse alguém que fosse importante para você. Desculpe.
Nathan para Finch:
Você é um homem com muitos segredos, Harold. Mas se você tivesse encontrado alguém, você falaria sobre ela o tempo todo.
O agente secreto da ISA, Fox, atira no táxi em que se encontram Reese e Peck, acertando o mesmo, confirmando o que John falou sobre no começo, ou seja, que ele é um agente altamente treinado. |
Fusco e Reese:
Reese: Me ligue mais tarde. Estou ocupado.
Fusco: Ocupado? Seguindo seu chefe, aposto.
Finch e Reese:
Finch: Você está me ouvindo?
Reese: Analista financeiro. Fascinante.
Finch: É uma mudança em relação aos bebês e aos chefes da Máfia
Finch e Reese:
Finch: O mais curioso sobre Henry Peck, ocorre porque seu instinto de segurança é mais aguçado do que a média. Não consegui invadir correio de voz, e-mails ou contas online.
Reese: Reservado, solitário. Ele é como você, Finch.
Reese e Finch:
Reese: Como você conseguiu o número dele?
Finch: Bem, John, há uma Máquina...
Reese: Mas você não conseguiu isso aqui. Não. É mais sutil do que isso. Já é hora de eu saber como a Máquina se comunica com você.
Finch e Reese:
Finch: Se algo acontecesse comigo, eu… Eu teria uma contingência.
Reese: Mais cedo ou mais tarde você terá que revelar seu segredo, Finch.
Finch: A curiosidade matou o gato, Sr. Reese.
Reese falando para Finch:
Reese: Peck não é um analista financeiro. Ele é um NOC. Uma espécie de espião.
Finch: E você pensou que ele não tinha vida.
Finch e Reese:
Finch: Algumas pessoas não gostam muito de sair, Sr. Reese. E a interação humana pode ser difícil.
Reese: Ajudaria se não chamássemos isso de “interação humana”.
Reese e Finch:
Reese: O pobre rapaz realmente não tem vida.
Finch: Não podemos culpá-lo, já que todo mundo pensa que estamos mortos.
Reese falando sobre Peck: Um pouco de teimosia nunca fez mal a ninguém.
Finch e Reese:
Reese: Está tudo bem, Finch?
Finch: Eu sei quem quer matar Peck. E eu sei por quê. Eu sei o que ele perguntou. É minha culpa que eles o queiram morto. Henry Peck não sabe, mas perguntou sobre a Máquina.
Alicia e Nathan:
Nathan: Algum problema, Alícia?
Alicia: Além de fazer parte de uma conspiração para espionar milhões de americanos?
Nathan: Sim. Mas é por uma boa causa.
Alicia e Nathan:
Nathan: Oito pessoas sabem de sua existência. Deve continuar assim.
Alicia: Sete, Nathan.
Nathan: Sete pessoas.
Finch falando para Reese:
Eu sabia que tomaríamos medidas para protegê-la, mas… Como descobri da maneira mais difícil, aqueles a quem eu a entreguei são mais implacáveis do que eu pensava.
Finch falando para Reese:
Vamos tratar isso como uma epidemia. Peck está infectado por uma ideia, mas infectado mesmo assim. Aqueles com quem ele fala podem morrer. Tudo que Peck descobrir tornará a nossa tarefa ainda mais difícil.
Nathan e Finch:
Nathan: O poder que isso representa, a quem você confiaria?
Finch: Além de você? Ninguém. É por isso que a Máquina é codificada de tal maneira, para não poder ser abusada. Ninguém pode acessá-la. Melhora, mantém-se, repara-se.
Finch falando para Nathan:
A menor rachadura pode criar uma inundação. Se construíssemos uma porta dos fundos e alguém descobrisse, isso seria realmente terrível.
Henry L. Peck (sobre a Máquina de IA):
Meu Deus, eles conseguiram. Eles tentaram muitas vezes. Trailblazer, TIA. Sem nenhum sucesso. Mas se eu estiver certo, alguém realmente fez essa Máquina infernal. E ela está nos observando agora.
Finch sobre Fusco:
Podemos dar graças ao céu que o detetive Fusco não é muito curioso.
Henry L. Peck:
Nosso governo está nos espionando e quer me matar para esconder isso. Eu tenho que contar para alguém.
Finch falando sobre Peck:
Este homem escreveu 78 páginas para contestar uma multa por excesso de velocidade.
Conselheiro Especial:
Seus antecessores falharam e agora Peck vai contatar a imprensa. Ele vai
se encontrar com uma jornalista amanhã. Elimine os dois.
Finch falando para Peck sobre a Máquina:
Finch sobre Grace:
Criei um aplicativo que me alerta quando estiver a menos de 100 metros de distância.
Finch falando para Reese:
Finch e Peck (sobre a Máquina):
Peck: Como você sabe de tudo isso?
Finch: Porque eu a construí.
Informações Adicionais!
Foto que retrata a época em que Finch e Grace eram noivos. Finch diz que foi feliz com ela durante 4 anos, o que é um privilégio, pois outros foram felizes apenas por 4 dias, referindo-se a Reese. |
Título: No Good Deed.
Diretor: Stephen Williams.
Roteiro: David Slack.
Duração: 44 minutos.
Gênero: Drama, Policial, Ficção Científica, Suspense, Humor, Ação.
Trilha Sonora: Ramin Djawadi.
Fotografia: Teodoro Maniaci.
Exibção Original: 10/05/2012 (CBS; EUA).
Audiência na TV: 12.960.000 espectadores.
Audiência (TV + DVR): 15.830.000 espectadores.
Música tocada: I'm Afraid of Americans - David Bowie.
Elenco: Jim Caviezel (John Reese); Michael Emerson (Harold Finch); Taraji P. Henson (Joss Carter); Kevin Chapman (Lionel Fusco); Jacob Pitts (Henry L. Peck); Brett Cullen (Nathan Ingram); Carrie Preston (Grace Hendricks); Elizabeth Marvel (Alicia Corwin); Jay O. Sanders (Conselheiro Especial); Al Sapienza (Raymond Terney); Marc Menchaca (Fox).
Links!
Reese e Finch conversam depois que John saiu da casa de Grace, a quem Harold observa de longe. Harold diz que pagou um alto preço pela criação da Máquina, embora não se arrependa de tê-la criado. |
Informações sobre o episódio - IMDB:
https://www.imdb.com/pt/title/tt2330007/?ref_=ttep_ep22
Person of Interest Fandom:
https://personofinterest.fandom.com/wiki/No_Good_Deed
Audiência e outras informações:
https://en.wikipedia.org/wiki/Person_of_Interest_season_1
ISA - Intelligence Support Activity - O que é e o que faz:
https://greydynamics.com/isa-soldier-spies-of-the-intelligence-support-activity/
Jonathan Nolan e a criação de 'Person of Interest':
https://www.huffpost.com/entry/person-of-interest_n_998959
Significado dos quadrados e das cores em 'Person of Interest:
https://personofinterest.fandom.com/wiki/The_Machine/MPOV
O escândalo NSA-Snowden - O programa 'PRISM':
A conversa em que Finch procura Peck e fala que a Máquina de IA existe, e que foi ele o seu criador, é mostrada uma segunda vez no episódio. O motivo disso ficará claro logo depois. |
Vídeo - Música "I'm Afraid of Americans" - David Bowie:
https://www.youtube.com/watch?v=LT3cERVRoQo&list=PL8Ni3kXedULo88rl_rzw4r1i6wOAXO8EH&index=19
Vídeo - Trecho do Episódio:
https://www.youtube.com/watch?v=ET9QBrTJKwg&t=45s
Walter Map e de 'De Nugis Curialium' ('Das Ninharias dos Cortesãos'):
https://www-britannica-com.translate.goog/biography/Walter-Map
O que é o projeto TIA - Total Information Awareness:
https://www.aclu.org/documents/qa-pentagons-total-information-awareness-program
O projeto TIA - Total Information Awareness e Person of Interest:
https://remixinghistory.com/person-of-interest-and-the-shadow-factory/
O programa PRISM:
Vídeo - "I'm Afraid of Americans' - David Bowie:
Vídeo - Trecho do Episódio!
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